quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Insetos interiores

"Notas de um observador:
Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer
(...)
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
(...)
Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, in(FÉ)rtebrados".


Salve, salve, TM!
Conseguem explicar toda a rotina nesses versos!

Acho que vou comprar aqueles "Mata mosquito" na cidade...
#façamos!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Deveria ser o contrário.
Se acomodar incomodadamente frente àquilo que vai ser exposto em palavras
Ligeiramente escolhidas para serem não jogadas, mas selecionadas num jogo de representações
Que dão o sentido da acomodação não estar tão bem acomodada assim.

Sentar, com os instrumentos a mão, pensamentos frenéticos e lágrimas como temperos
É tão...fácil? Deve ser! Flui e sai adiante atendendo as demandas que se caracterizam no esvaziamento do líquido esvaindo-se da face.
Mas, deveria ser o contrário, repito.

Por que a angustia, a má interpretação, são boas brasas que levantarão mais fogo?
Ditar os sorrisos, o alívio perene de uma acomodação que, enfim, no seu devido significado se encontra não dá público?

Ecoar palavras é, sobretudo, a vontade delas serem ecoadas e captadas, sentidas
Serem inebriadas por um laço invisível de um sentimento que atrai
Só que não pra notificarem sofrimento...

Sendo o contrário!
...notificando a boa nova, sempre.
Eis que assim será!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

...essa parte sempre me foi uma icógnita!
"O que fazer quando a porta se abrir?", pensei.
Imaginava todo o resto, o meio, o fim, mas nunca esse começo.
Aliás, tenho esse defeito. Não sei começar bem as coisas, não consigo realizar dinâmicamente essa tarefa.
O primeiro passo depende de tanta coisa, afinal...
Depende se haverá pessoas ao lado para sustentar as quedas desse possível passo, se haverá buracos, flores, pedras no meio do caminho como as de Drummond.
De fato, é um acontecimento prévio de outros, de modo a ser bem articulado e estruturado.
Se eu falhar logo de cara posso direcionar esse meu erro daqui pra frente em outras situações, como um arquiteto que projeta bem a base de suas obras e teme que elas desabem - mas isso você sabe muito bem!
O engraçado é que a forma de temer esse fato, o do primeiro passo, foi justamente a vontade que me deu de executar os "planos A e B".
Acredito que pelo reflexos dessa soma - de primeiros passos e bases feitas de forma errada.
E já começo logo dizendo que, nenhum passo dado é passo em vão!
Ora, fazem parte de minha jornada, merecem respeito, merecem uma análise pobre feita por uma estudante mediana de Psicologia.
Se me permite gostaria de falar sobre eles: os passos!
Mas, antes de dar esse passo importante na leitura, vá tomar uma água, respirar um pouco!
Os próximos passos que as palavras tomarão nem eu mesma sei...elas parecem agitadas dentro de mim, querendo falar, e falar...
Mas, precisamos de um tempo para refletir e respirar um pouco. Então, vá até a janela, olhe que dia lindo e esqueça o que já lêu...Depois, volte!
Eu estarei aqui!





Ps: Pensa em mim!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

...you will go!"

Sabe uma coisa legal daquelas pessoas que não gostam de se envolver com ninguem? Como é o nome...? Elas vivem só, nos altos das montanhas, com cabelo desgranhado e sem vontade pra escovar os dentes? Nômades? Ah, não vou forçar a minha mente contubarda para isso...Mas, elas deveriam ser chamadas de sábias, isso, sábias, gênios!
Pra que se apaixonar, se envolver com alguém? Pra que?
Você, sozinho, não se basta? Mas não, nós fazemos isso ao contrário. Nós vamos lá e tchum, nos apaixonamos, não estamos nem aí! Construimos seres angelicais e sublimes, verdadeiros heróis de história de quadrinhos. Pessoas que vão nos dar a mais pura e doce sensação de ser amado, de ser querido, de ser especial...
Mas, até quando? Até quando o "pra sempre" deixar de existir? Quando "o anel que tu me destes" virar vidro e se quebrar? Até quando a palavra "Adeus" for posta a tona?

Adeus, hasta luego, breack off...!
E aquele ser que antes era um herói vira monstro, vira sombra nas imagens que uma-a-uma vão se extirpando, vão sumindo do lado "Iupi, eu sou feliz!" de seu cérebro.
Tudo isso porque você foi bobão demais em acreditar que ia ser pra sempre. Até as mancadas. Até os vai-e-vens que deveriam ser pra sempre.

Agora, acabou!
É como você estivesse escrito um livro durante anos e o final chega-lhe imposto; é a hora de deixar de lado todo o papel borrado, todo canto escrito, toda página rasgada, toda memória das músicas (ou suas tentativas de existirem), de sonhos cumpridos em solos separados, de noites chuvosas no verão, de pôr-do-sol que foi compartilhado dia após dia, durantes anos, durante as mudanças no corpo, na alma, na mente, na história construida.
É hora de por capa de coro vermelho, com letras petras em negrito dizendo: "Wherever...
Torcendo que por fim alguém leia e faça-se real tudo aquilo que foi vivido, tudo o que foi intenso nas mais diversas variações sentimentais que alguém em tamanha trajetória de vida poderia imaginar percorrer.

E quando a palavra lida tornar-se real, que a história ganhe força, se unifique, vá atrás de cada parte que a distância hoje divide para ser contada na eternidade como um amor que foi herói e foi bandido, foi inimigo e foi amigo, foi pra sempre meu!

E as cortinas se fecham aqui...fim!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"Número inválido"

foi o que ouvi do outro lado!

E lembrei como somos assim, fanáticos por números.
Eles estão em tudo! A cada passada de olhos na agenda,
a cada ligação [não] recebida, nos cálculos intermináveis das variações de humor.

No meu relógio, eles ditam os passos.
Na minha balança, ditam os descompasso.
No meu espelho, o cansaço!

Cansaço de ver minha vida milimetricamente sintonizada por eles
Por suas expectativas e por suas vontades.
Hoje sou 19, amanhã não sou mais.

Um milhão de casas decimais de importância!
Um zero a esquerda...

Se número fosse legal, mesmo, o 1+1 seria 2!
E esse 2 não seria a icógnita que faz essa equação durar.
Seria a soma que daria luz a um inteiro perfeito formado por duas partes iguais!

O infinito...

Se número fosse legal, mesmo, o 1 viraria o 2.
O 2 seria o 8!
E o 8 seria 26!


E eu ainda tiro 10 em Estatística!
Vai entender!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Se é pra fazer silêncio, faço eu mesma!

Fecho os olhos e inclino minha cabeça pra trás. Silêncio!

Na penumbra que se faz, pensamentos surgem, frases retornam, tornam a destoar o compasso dos passos maus findados, imagens com seus cheiros únicos me fazem rodopiar, sentada no chão de meu quarto. Pára! Abro os olhos. Silêncio!

Inquietante, dominador, barulhento.
De falar tanto, ficou mudo. De tanto não falar, ensurdeceu!

- Sssh! Estou pensando!
Pensando como no silêncio se podem entender tantas coisas.
Como que no escuro ...
[feito esse de agora!]
...se pode ver mais, pois as pupilas dilatadas estão para entender o palmo à frente!
Um palmo atrás! Dois metros do lado, uma quilometragem no mapa do computador.

Se silêncio fosse medida, seria volume!
Dos mais altos. Dos decibéis nunca dantes vistos, afugentando os passarinhos no hall de entrada, tremendo os penduricalhos da vizinha...
[que batem, que soam, que tinam, me chamam!]
...caindo! Tudo cai, tudo vibra, tudo se mexe, e remexe, e dança e fim!
Menos se esquece! Ignora-se. O silêncio desperta a fala, as emoções, as perguntas de um coração falante!

Você fala, eu não entendo! Você cala, eu escuto!
E luto, e mudo e rezo.

E ainda assim não entendo! Silêncio!

- Sssh! Faça barulho!
Faça valer à pena a espera no fim da linha ou pelo menos a espera por essa linha chegar.

Faça essa sintonia entrar pela porta, pela janela, do lado de fora ela não é percebida!
Faça a vida! Faça escolhas! Faça amor! Ou não faça! Faça carinho, faça dor!
[Embora que essa eu deixo passar...]

Mas faça, pelo menos!
Me ouça! Grite! Berre! Fale! Escute!


Som...
[aonde?]
... no Silêncio!

Decifra-me

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Recife, PE, Brazil
Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno, fresco como o pão do dia; pois que nestes dias a aventura parece em ponto de vôo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes. João Cabral de Melo Neto

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